segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Notícias de Moçambique I - Família Buffi Recebe Pastores Brasileiros

Chegando ao aeroporto de Beira agora em terras moçambicanas, deixando a aeronave, carregando pertences de mão, os três pastores, especialmente Pr. Marcos e Jair registravam tudo com suas câmeras. Fomos os últimos a sair da pista. De longe recostados ao parapeito na sacada do aeroporto, a família missionária abanava as mãos e pulando gritavam “bem vindos a Moçambique”. Era nítida a vontade de se encontrar com os ilustres visitantes.

Por fim depois de pegarmos as malas, percebemos que todas elas foram abertas quando chegamos a Beira. Conclusão: roubaram uma câmera fotográfica que o missionário Jefferson havia encomendado e que irá pagar em dez parcelas. Se pudermos chamar isto de sorte, não levaram o notbook, que estava junto, talvez porque não tivessem tempo hábil.

Com os carrinhos cheios de malas, saindo do aeroporto, lá estavam todos; abraços longos demonstravam o tamanho da saudade. Também encontramos Melanie, secretária do MCC (Comitê Central Menonita).

Depois de viajarmos por umas duas horas, os olhares curiosos dos pastores revelavam estranheza, espanto com o que estavam vendo. Os missionários empolgados davam explicação de tudo, enquanto era registrado com câmeras. Por fim chegamos a Gondola, a pequena vila que foi elevada a município.

A família Buffi estava muito feliz com nossa vinda. Ao abrirmos as malas, ninguém conseguiu aguardar para entregar tudo que trazíamos do Brasil. Presentes dos pais, roupas, brinquedos, farinha torrada, café, sabonetes, cosméticos, remédios. O quarto onde abríamos as malas tinha sacolas vazias, papeis rasgados, fitas e rococós, demonstravam que os presenteadores o fizeram com muito carinho. Mas, ainda tinha mais, embora estivéssemos com fome, continuamos a abrir outras sacolas e caixas cheias de literatura, devocionais O Mensageiro, lápis de cor, de cera, tesouras, colas; muito material para suprir a escola dominical e outros trabalhos.

Tudo isto era um começo do que seria o pastoreio dos missionários. Depois de muitas perguntas deles, sobre: familiares, igreja, cidade e amigos, fomos partilhar a comida num pequeno e simples restaurante.

Os missionários sentiram-se abraçados, acalentados e fortalecidos. Mas o mais importante estava por vir. A igreja que os enviou, enviou também o seu pastor até onde suas ovelhas estavam servindo. Amados, eles têm sido alimentados todas as noites com palavras previamente preparadas pelo seu pastor. Tive oportunidade de ouvir a primeira ministração! Palavras de encorajamento, de conforto, de afirmação e de edificação espiritual. Orientação sobre comportamento, caráter e especialmente o cuidado sobre a família.

Todas as noites eles tem um momento com seu pastor Marcos. Pr. Jair e eu não participamos deste momento. Fiquei sabendo por ele mesmo que ele ensinou sobre temperamentos, e como relacionarem em família, com a igreja, com a missão e com os outros missionários que eles encontram a cada quinze dias.

Assim tem sido todos os dias. O pastoreio na missão é tão importante que pudemos sentir o alívio que os missionários estão sentindo. A obra missionária é bastante difícil aqui, o desgaste emocional e físico também é grande. Por estas razões e outras mais o pastoreio na missão é imprescindível. O Pr. Marcos está cumprindo o propósito principal de sua vinda.

Deus seja louvado por sua fidelidade em vocacionar e ungir servos que tem compromisso com seus filhos enviados.

Paulo Campos
 
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